sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Biossegurança


A primeira referência de aquisição profissional de doenças infecciosas, atribuída
a Tucídides (apud Lopes), é do século IV aC, durante um surto de tifo exantemático
ocorrido na Grécia; relata que os médicos morriam em número igual ou maior que os
habitantes da localidade. No transcorrer dos tempos, a ação curativa associou-se a
rituais religiosos e trouxe a falsa idéia, de que ao exercer ação curativa, o profissional
de saúde estaria protegido da aquisição de doenças. Nos dias atuais, ainda deparamos
com profissionais que não valorizam medidas de proteção, individuais e coletivas, de
eficácia amplamente comprovadas. Tanto o exagero quanto o desprezo às medidas de
biossegurança devem ser evitados. O desejável é que se possa continuamente divulgar
e aprimorar medidas de proteção para profissionais e usuários à luz dos novos
conhecimentos.

À medida em que a humanidade evoluiu, o maior conhecimento sobre agentes
etiológicos e fatores envolvidos na susceptibilidade individual tem permitido o
estabelecimento, de forma mais racional, de medidas que reduzem o risco de aquisição
e propagação de várias doenças, com especial destaque para as infecto-contagiosas.
Biossegurança, que significa Vida + Segurança, em sentido amplo é conceituada
como a vida livre de perigos. Genericamente, medidas de biossegurança são ações
que contribuem para a segurança da vida, no dia-a-dia das pessoas (ex.: cinto de
segurança, faixa de pedestres). Assim, normas de biossegurança englobam todas as
medidas que visam evitar riscos físicos (radiação ou temperatura), ergonômicos
(posturais), químicos (substâncias tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e
psicológicos, (como o estresse). No ambiente hospitalar encontram-se exemplos de
todos estes tipos de riscos ocupacionais para o trabalhador de saúde (p.ex., radiações,
alguns medicamentos etc.).

Fonte: Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/08Bioseguranca.pdf

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